A Internet das Coisas e sua aplicação na Indústria

A Indústria 4.0 já é uma realidade, e o que fez o meio industrial atingir a sua quarta revolução, é a integração entre máquina e sistema digital. Aí, entram em cena a computação na nuvem e a Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT); com informações coletadas e compartilhadas diretamente pelos equipamentos.

IoT nada mais é do que um objeto físico (ou grupos de objetos) que possuem sensores, capacidade de processamento, software e outras tecnologias que conectam e trocam dados com outros dispositivos e sistemas pela internet ou outras redes de comunicação. Alguns exemplos mais completos seriam um smartphone, um smartwatch, ou um carro da Tesla.

IIoT (Internet das Coisas Industriais), então, refere-se à extensão e o uso da Internet das Coisas em setores e aplicações industriais. São sensores, instrumentos e outros dispositivos interligados numa rede com as aplicações industriais dos computadores. Com um forte foco em comunicação de máquina a máquina (M2M), big data e aprendizado de máquina, a IIoT permite que indústrias e empresas tenham melhor eficiência e confiabilidade em suas operações. 

Para esclarecer, abaixo há uma tabela de comparação entre os dois sistemas: 

 

Base

IoT IIoT

Utilidade

É designado, principalmente, para clientes individuais, que podem ser usados em casas e escritórios.

É usado em áreas indústrias.

Segurança

A segurança não é um problema na IoT em comparação com a IIoT, pois não inclui o manuseio de processos industriais.

A segurança é uma grande preocupação na IIoT, pois inclui organizações e negócios em larga escala.

Grau de Aplicação

Utiliza aplicação com baixo impacto de risco.

Utiliza sensores mais sensíveis e precisos.

Custo Baixo valor, pois a tecnologia  IoT foi introduzida para uso individual.

É mais caro em comparação com a IoT, pois possui dispositivos sensíveis e aplicações industriais.

 

Cyber-physical Systems e IIoT

O Cyber-physical System (CPS) é um sistema de computador no qual um mecanismo é controlado ou monitorado por algoritmos que integram um objeto físico a softwares. Ele foi projetado para atuar como uma rede de várias variáveis com entrada e saída físicas — em vez de uma tecnologia autônoma.

Esse tipo de conceito está relacionado às redes de sensores que funcionam de acordo com a inteligência do computador. 

Então, sabemos que IIoT é a combinação de várias tecnologias, incluindo o CPS, como segurança cibernética, cloud computing, edge computing, tecnologias móveis, impressão 3D, robótica avançada, big data, entre outras. 

Portanto, a plataforma de tecnologia básica para IoT e IIoT, são os CPS e, são os principais facilitadores para conectar máquinas físicas à uma rede, um algoritmo ou a nuvem.

Ou seja, todo CPS é um IoT, mas nem todo IoT é um CPS. Temos um smartphone como exemplo de IoT, mas um braço mecânico operando numa linha de produção, que reconhece padrões por algoritmo, é um CPS, portanto, um IIoT.  

A Inteligência Artificial (IA) e o aprendizado de máquina são tecnologias que fazem parte de um IIoT, e é um campo dentro da ciência da computação no qual são criadas máquinas inteligentes que trabalham e agem como humanos. O aprendizado de máquina é uma parte fundamental da IA, permitindo que o software preveja com mais precisão os resultados sem ser programado, explicitamente. Por exemplo, um robô (IoT) que consegue aprender a reconhecer padrões (IA enviando informação para um CPS) numa linha de produção e começa a se comportar para melhor eficiência da fábrica. 

 

Aplicação na Manufatura

Um CPS pode ser usado na indústria? Sim. A utilização desses sistemas numa manufatura, serve para otimizar processos, automatizando todo o processo de fabricação, criando uma plataforma única e descentralizada para fábricas inteiras. 

A automação na fabricação economiza custos de mão de obra e material e reduz o tempo de produção. Aqui na View, isso já é realidade. Utilizamos um dispositivo IoT (nosso sensor) e um CPS (o Plantview) para gerenciarmos a produção de uma fábrica. 

A funcionalidade do IoT se dá pela captura de dados que o sensor faz na máquina, que envia essas informações para a nuvem, e o Plantview, o software, consegue traduzir essas informações para o operador — ou gerente —, em análises de contagem de produtos, disponibilidade e eficiência da máquina, além de dados financeiros da sua produção. 

Para saber mais sobre sistemas de gestão, IoT e softwares inteligentes, fiquem ligados nas nossas atualizações no site e nas nossas redes sociais. 

 

Fontes: Matics.live; i3csolucoes.com.br; techtarget.com; “The industrial internet of things (IIoT): An analysis framework”, Boyes, Hugh; Hallaq, Bil; Cunningham, Joe; Watson, Tim (outubro de 2018). 

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